“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

GENESIS 29-33

Nesta série de capítulos “Jacó” é um tipo de Cristo. Ele saiu da casa de seu pai para um país distante — “Padã-Arã” — (Gn 28). Trata-se de uma figura de Cristo vindo de Seu Pai para este mundo em Seu primeiro Advento. Jacó saiu da casa de seu pai por dois motivos: primeiro, por causa de pecado (Gn 27), e segundo, para buscar uma esposa (Gn 28:15) — as mesmas duas razões pelas quais o Senhor veio a este mundo. A diferença principal é que Jacó saiu da casa de seu pai por causa de seu próprio pecado, mas Cristo não tinha pecado.

Capítulo 29 — Quando Jacó foi para o país distante ele viu “Raquel” no campo. Ela é um tipo de Israel (os judeus) com quem o Senhor buscou um relacionamento quando veio da primeira vez a este mundo. Apaixonado por ela, Jacó concordou em comprá-la por meio de seu próprio trabalho. Trata-se de uma figura do trabalho que o Senhor empregou na cruz a fim de poder ter a Israel em um relacionamento consigo sobre o terreno da redenção.

Quando chegou a hora de Jacó receber Raquel, seu pai Labão o enganou, de modo que ele não a recebeu, mas sim a “Lia” em seu lugar (Gn 29:21-30). Lia é um tipo da Igreja. Deus providencialmente permitiu que isso acontecesse a Jacó de modo que pudéssemos dispor de um prenúncio de Suas maneiras de tratar com Israel e com a Igreja. Nisso temos o relato das maneiras dispensacionais de Deus agir. Quando o Senhor veio ao mundo pela primeira vez fez isso para Israel (Raquel), a quem ele amou, mas quando esta lhe foi recusada ele recebeu a Igreja (Lia) em seu lugar, para que pudesse ter uma esposa. Então, após Jacó ter recebido a Lia, ele recebeu Raquel. Isso aponta para quando vier a “plenitude dos gentios” e se completar o chamado da Igreja (Rm 11:25). Deus irá trazer Israel ao Senhor, de modo que Ele possa tê-la como Sua noiva e esposa terrenal (Os 2:6-17; Is 62:4-5).

Portanto, Jacó teve duas esposas: Lia (a Igreja), recebida antes, mesmo que ele tivesse se aproximado inicialmente de Raquel (os judeus). Se, por um lado, o ventre de Lia era frutífero para gerar filhos (Gn 29-32-35), o ventre de Raquel era estéril (Gn 29:31). Isso representa a época atual, indicando que, enquanto a Igreja está atualmente produzindo fruto para Deus, Israel está estéril (Os 3:4; Mt 21:19-21; Lc 13:6-10). Em algum momento mais tarde Deus abriu a madre de Raquel e ela começou a ter filhos.

É significativo que Lia tenha tido sete filhos (um número que significa inteireza ou perfeição) antes que Raquel começasse a se esforçar para gerar seus filhos (Gn 30:22; 35:16). O esforço de Raquel é uma figura das provas futuras que aguardam Israel na Tribulação (Is 66:7-8; Jr 30:6-7; Mq 4:9-10; 5:3; 1 Ts 5:3). Isso demonstra que a Igreja irá terminar seu curso e testemunho de gerar fruto neste mundo antes que Israel (na verdade os judeus) passe seu tempo de esforços na Grande Tribulação, que irá resultar na produção de fruto para Deus (Is 54:1). Ficamos maravilhados com a precisão e beleza desses tipos! (Sl 119:161).



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