“A Dispensational or a Covenantal Interpretation of Scripture - Which is the Truth?” por Bruce Anstey

Dois “Últimos Dias” Distintos

Estudantes da Bíblia que não entendem o modo dispensacional de Deus tratar com Israel e com a Igreja enfrentam um impasse ao tentarem interpretar o significado da expressão “os últimos dias”. Por exemplo, as Escrituras indicam que Deus visitou o Seu povo terreno Israel nos “últimos dias” na Pessoa do Seu Filho (Hb 1:2), e que Ele morreu e ressuscitou de entre os mortos nos “últimos tempos” (1 Pe 1:20-21). As Escrituras também indicam que Israel será atacado pelo Rei do Norte (Dn 8:19, 23; 11:40-43) e por Gogue (Ez 38:8-13) e será restaurado e introduzido em um relacionamento com o Senhor nos “últimos dias” (Dn 12:1-4; Is 2:2-4; Mq 4:1-2). Se algumas destas coisas já aconteceram há dois mil anos e outras ainda estão para acontecer no futuro, como se pode dizer que todas elas ocorrem nos últimos dias?

As pessoas inventam toda sorte de ideias na tentativa de reconciliar estas coisas. Todavia o problema é resolvido quando entendemos que o chamado da Igreja é uma inserção, um parêntese nos planos de Deus que nada tem a ver com Israel. Se tirarmos de cena o atual chamado da Igreja, no que diz respeito às tratativas de Deus para com Israel a linha do tempo seguirá sem interrupção, da morte e ressurreição do Senhor até a septuagésima semana de Daniel, os sete anos finais de sua história antes do estabelecimento do reino. Quando enxergados assim, a morte de Cristo e também os eventos proféticos relacionados ao ataque a Israel e sua restauração estão todos nos últimos dias.

Como já observamos em nossos estudos do Dispensacionalismo, em um determinado ponto na sequência desses eventos relacionados a Israel Deus voltou Sua atenção para o chamado da Igreja através do evangelho. A Igreja permanecerá na terra no lugar de testemunho até que o Senhor venha para levá-la para o céu no Arrebatamento. A Igreja também tem os seus “últimos dias” de testemunho na terra. Paulo (1 Tm 4:1; 2 Tm 3:1), Pedro (2 Pe 3:3), João (1 Jo 2:18) e Judas (Jd 1:18) falam disso. Os “últimos dias” relacionados à Igreja referem-se mais a um caráter de coisas do que a um momento no tempo, como é no caso de Israel. A razão é que a Igreja é uma criação celestial de Deus que nada tem a ver com a terra, onde se aplicam tempos e estações.

Portanto, as Escrituras indicam que existem dois “últimos dias” diferentes conectados a grupos de pessoas totalmente diferentes. Eles não devem ser confundidos.

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Resumindo, os quatro “pilares” da verdade dispensacional demonstram que o chamado celestial da Igreja, que ocorre hoje, de modo algum interfere com o plano de Deus de abençoar Israel na terra juntamente com as nações gentias submissas a Israel, conforme fora prometido no Antigo Testamento. Durante o reinado de Cristo na futura Dispensação da Plenitude dos Tempos todas as promessas feitas a Israel se cumprirão literalmente. Portanto, a verdade dispensacional não priva Israel de coisa alguma no que diz respeito às suas aspirações nacionais.



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